O Circuito Nacional de Astrologia na regional SP

9 de janeiro de 2010 Artigos Comentários desativados em O Circuito Nacional de Astrologia na regional SP

Reportagem de Cristina Pinheiro

Num frio e ensolarado sábado do inverno paulistano, sob Júpiter em Capricórnio e Urano em Peixes, alguns dos mais caros temas aos astrólogos passaram pelo palco das discussões no auditório da Livraria Cultura, num shopping de São Paulo. O primeiro Circuito Nacional de Astrologia da cidade reuniu uma constelação de mais de 70 profissionais e estudantes num encontro informal que proporcionou uma grande circulação de idéias e opiniões e, como era previsto, abriu um novo horizonte de eventos.

O painel Astrologia na Mídia trouxe a conclusão de que há uma curiosidade latente por informações sérias. Em jornais, revistas, na televisão: o espaço para a Astrologia existe, cabe aos astrólogos usá-lo da melhor maneira possível, com linguagem simples e direta, e tentar atingir os humanos, não apenas mulheres e homens em busca de um bálsamo para aplacar as angústias do dia-a-dia. Afinal – perguntou-se – de que tamanho é o abismo existente entre as pessoas que vão a um curandeiro desses que mandam distribuir folhetos pela rua, prometendo proteção contra mau-olhado, volta da pessoa amada e da saúde, e aquelas que buscam o horóscopo no jornal, na revista, na internet?

O segundo painel mostrou que não há um único caminho para o ensino, para a formação de um profissional responsável. A ligação mestre-discípulo foi para a berlinda: deve ser evitada ou incentivada? De um lado ficou a defesa do contato do aluno com várias vertentes, várias visões. De outro, a rica vivência de muitos astrólogos que foram alunos de um único professor. Profissionais experientes fizeram interessantes relatos de seu início de vida profissional, com seus medos e eventuais tropeços, e encontraram eco em muitos estudantes. Alguns começaram a atender em dupla. Outros encararam a tarefa sozinhos.

Houve, no entanto, um consenso: o astrólogo nunca pára de estudar, o aprendizado é eterno.

A palestra sobre Astrologia tradicional mostrou como, da antiga arte sacerdotal até os tempos de hoje, a Astrologia sempre atendeu às demandas do momento e essas demandas passam pela busca de um significado para a própria existência.

Consoante com os tempos de hoje, a palestra sobre Astrologia, oportunidade e estratégia de negócios entusiasmou a platéia, com a visão de prever e orientar. “Não há uma ação sem uma certa faculdade de antecipar, sem uma imaginação do futuro.” A identificação de ciclos foi apontada como um dos fatores fundamentais para que o astrólogo possa entrar com segurança nesse campo.

Uma visão astrológica da cosmopolita Estação da Luz, construída no fim do século XIX, marcou o especial encontro da Astrologia com a arte e a cultura de São Paulo. A história da Estação, com suas sólidas linhas de origem britânica, serviu para uma saudável discussão sobre o signo da cidade: capricorniana ou aquariana.

O processo da Independência do Brasil sob o ponto de vista da Astrologia foi o resultado de uma abrangente pesquisa histórica feita a partir dos 200 anos do desembarque da Família Real no Rio de Janeiro: da formação de Portugal às grandes navegações e à vinda de Dom João VI com sua corte até a independência do país.

O encontro terminou com a celebração dos 30 anos do primeiro Congresso de Astrologia na cidade e uma homenagem a Juan Alfredo César Muller.

Psicólogo, homeopata e astrólogo, Juan Alfredo foi idealizador, fundador e presidente da primeira associação de astrólogos do país. Há exatos 30 anos, ele criou e comandou o I Colóquio Brasileiro de Astrologia, um passo que abriu caminho para a realização de vários outros congressos.

Ao final do Circuito de São Paulo, da competente organização aos profissionais, estudantes e pesquisadores que passaram por ali, havia um consenso no ar: todos querem mais!

Sobre o Autor

CNA (Central Nacional de Astrologia)
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