Homenagens a Valdenir Benedetti

27 de janeiro de 2010 Artigos, Homenagens Comentários desativados em Homenagens a Valdenir Benedetti

Prezados Colegas

Lamentamos noticiar o falecimento do nosso companheiro Valdenir Benedetti; nesta manhã de segunda-feira dia 13 de julho, vítima de um ataque cardíaco fulminante.

Deixa órfãos seus 4 filhos, e também todos seus alunos, clientes, amigos e companheiros de astrologia. Grande perda para todos, sentiremos sua falta.

Foi exemplar na sua postura sempre verdadeira e autêntica sem jamais fazer concessões e atuando a favor da astrologia, do saber, e principalmente da ação transformadora na vida de todas as pessoas que o conheceram.

Primou por sempre se dedicar a publicações em forma de coletâneas de autores e companheiros de astrologia, abrindo mão de publicações meramente pessoais. Dessa forma uniu exemplarmente astrólogos de diferentes visões em torno de temas relevantes para o saber da astrologia.

Muita paz para sua alma. As sementes de conhecimento e sabedoria que ele deixa, certamente vão frutificar no coração de todos.

Agradeço à vida a oportunidade de termos trilhado um bom caminho juntos e agradeço a oportunidade que a vida nos deu de compartilharmos uma delicada amizade.

Maurice Jacoel
Presidente

Colegas,

 Na foto: Atrás – Robson Papaleo, Mauricio Bernis, Renata da Triom, Ana Abbade, Paula Falcão. Na frente: Douglas Marnei à esquerda e Valdenir Benedetti no centro.
Fonte: Lucely Kerikian / Livraria Spiro

Escaneada por: Tereza Kawall
Enviada por: Ciça Bueno

Já faz mais de 90 dias que o Valdenir Benedetti fez a passagem para outro plano. Confesso que nós não tínhamos muitas coisas em comum, mas o que tínhamos em comum eram e ainda são de elevada importância, com destaque para a linha de compreensão a respeito da Astrologia, das técnicas astrológicas. Neste assunto nos respeitávamos mutuamente e também praticávamos uma sadia troca de conhecimentos e experiências, com certa freqüência.

Tínhamos em comum também a busca pelo desenvolvimento espiritual. O Valdenir trilhava um caminho paralelo ao que procuro seguir, na busca de mais luz na consciência e de seguir o Mestre, o guia espiritual.

Tínhamos em comum ainda a crença de que a CNA é a entidade de congregação dos astrólogos brasileiros. Ele estava engajado no movimento, sem cargo oficial, mas dedicado, trabalhando, defendendo, participando, opinando e, por conta disso tudo, favorecendo o crescimento da CNA.

Assim, nada mais justo para com sua memória, neste momento, que ele seja homenageado de forma perpétua, como Associado Benemérito da CNA: como se diz, uma homenagem póstuma, um reconhecimento. Porque, além desse engajamento junto à CNA, o Valdenir sempre foi um daqueles que organizaram eventos importantes para a transmissão do conhecimento astrológico e também para a divulgação da Astrologia positiva, da Astrologia como ferramenta de autoconhecimento.

Mexia sim, com sua irreverência, com a compreensão de diversas pessoas. Incomodava algumas, mas fazia com que todas que o escutavam, refletissem: a respeito de si mesmas, a respeito da Astrologia e da prática astrológica, a respeito da vida, dos relacionamentos e de muitas outras profundas e valiosas reflexões.

Fez de sua vida como astrólogo um diferencial, uma referência. Trouxe certamente um tanto de pessoas para o estudo e a prática da Astrologia. Fez, mesmo que ele próprio não soubesse que estava fazendo, com que algumas pessoas mudassem sua compreensão a respeito do saber astrológico e da própria vida.

Com esta homenagem, na qualidade de Associado Benemérito, o Valdenir passa a figurar num rol de expoentes da Astrologia Brasileira.

Além desta perpétua homenagem, que acontece em nível simbólico e quiçá espiritual, o Valdenir será também homenageado pelos colegas no IV Circuito, em todos os locais onde ele acontecerá no Brasil: nos locais onde seus parentes puderem estar presentes, faremos a homenagem para que eles possam presenciar o reconhecimento da categoria.

Por fim, expresso meu sentimento de gratidão ao Valdenir, por ter contribuído com o crescimento da prática astrológica no Brasil.

Maurício Bernis
Presidente do Conselho Deliberativo da CNA

Aqui me encontro sentado olhando para esta página em branco e me perguntando o que dizer do Val; o que posso escrever em relação a ele que seja realmente significativo, diferente, interessante?

Poderia dizer do campo de sua atuação real como astrólogo. Foi e será sempre pelas suas obras que ficam um excelente astrólogo, professor dinâmico e contundente. Instigante, querendo sempre levar a astrologia a um lugar diferenciado; rompendo com tabus e modelos estáticos. Sempre em busca de uma Astrologia autêntica que possa ser um instrumento de transformação. Sua atitude inquieta e curiosa; seu desassossego para com a vida e com tudo que se afirmasse como verdade permanente fez com que imprimisse nos seus alunos, amigos e parceiros de trabalho e principalmente nos seus clientes um questionamento e um impulso em busca do verdadeiro ser de cada um.

Sua capacidade de agregar, produzir sempre eventos em que compartilhava o espaço de trabalho com seus pares; de olho em algo maior, a própria Astrologia.

Valdenir durante um tempo em São Paulo estabeleceu o fim da tarde de sexta-feira como um espaço de bate-papo astrológico; todos nós que lá estávamos aprendíamos muito com as nossas trocas de conhecimentos e debates espontâneos que surgiam.

Participou de todo o processo de criar uma entidade nacional de astrologia nos moldes da AFAN internacional, foi a famosa tentativa de criar a RNA; rede nacional de astrologia; no final dos anos 80, inicio dos 90. Participou intensamente sempre questionando e incrementando os debates com sua visão crítica e instigante.

Poderia dizer como foi importante compartilhar sua amizade, fomos vizinhos de bairro durante um bom tempo, nos encontrávamos nos primeiros bares da Vila Madalena, compartilhávamos nossa teorias astrológicas, compartilhamos os filhos, as amizades comuns que se formaram e permaneceram desde então. Através dele conheci o astrólogo Vanderlei Vernily e sua proposta de uma Astrologia Concreta, foi uma boa influencia que perdura até hoje no meu trabalho.

Val estava nesta época deixando sua carreira de fotógrafo e se dedicando exclusivamente à Astrologia; através do encontro com Val, o campo da Astrologia se abriu para mim.

Viajávamos juntos e numa certa ocasião brincamos e nos divertimos imaginando como seria fazer uma astrologia das vidas futuras em contraposição a astrologia de vidas passadas. O bom humor sempre esteve presente na vida do Val; às vezes um humor caustico ácido. Lembro com gratidão o apoio que ele me deu quando comecei junto com a… Em 1987 o projeto de fazer uma escola de astrologia que se diferenciasse criando um campo de debates e interação entre astrólogos de diferentes visões. Ele foi um dos professores sempre presente e colaborativo.

Poderia dizer também que ele encarnou o espírito de uma época em que se queria mais do que uma técnica, do que um saber aplicado da astrologia. Mas, uma busca por conhecer e investigar a alma e suas variadas manifestações através da astrologia. Valdenir praticou sempre o recomeço. A desconstrução e reconstrução tanto da prática e do saber da Astrologia como também de si próprio.

Em nenhum momento se acomodou ou se entregou a nenhum tipo de situação ou conformismo. Sempre esteve disposto a questionar, dialogar. Valorizou os amigos e sempre Incentivou e apoiou a todos.

Lembro como foi ágil criando um evento destinado a arrecadar fundos para auxiliar o nosso colega Ademar Eugênio de Melo, que se encontrava muito doente e hospitalizado.

Grande amigo é difícil aceitar sua partida repentina, imediata. Estivemos juntos nos últimos dois eventos da CNA (Central Nacional de Astrologia) no Rio de Janeiro no dia 06 de junho; e no dia 04 de julho em São Paulo; não sabíamos, mas era uma despedida.

Na madrugada do dia 13 as 02h30min da manhã no Twitter trocamos mensagens que resultaram numa brincadeira e numa última mensagem, em que ele simplesmente escrevia: “rsrsrs”

Foi sua despedida; uma amiga poetisa ao saber disso escreveu para mim:

ENFIM… EM CASA.

– 13 de julho de 2009
um Amigo ganhou,
apenas por se lembrar,

mais um riso
de Um Irmão-Amigo que
“Enfim… chegou em casa”.

Bastará que relembre e relembre e relembre e…

Mouna Moura

Maurice Jacoel

Sobre o ocorrido:

O Mauricio (Bernis) e eu chegamos lá no prédio dele logo após o passamento: recebemos a notícia pela médica (do pronto-socorro chamado), que tentou ajudá-lo, mas não teve jeito. Ainda está muito difícil falar sobre ele, porque parece que assim a gente ‘reconhece’ que ele se foi… e é ainda tão estranho…

Fiquei lá desde então, procurando ajudar (e o Maurício tb); chegaram a ex-mulher, dois filhos dos dois, mais o atual marido dela, que iria providenciar o ‘atestado de óbito’, pra liberar o corpo — que será velado no Cemitério de Vila Assunção, na Av. da Saudade, em Sto. André, onde a família tem um jazigo.

Conforme me disseram a filha e a nora, o sepultamento deverá ser amanhã de manhã, provavelmte às 10 horas .

Cheguei aqui em casa e vi as mensagens todas… e o que dá pra dizer é na direção do que o Alex já expressou…

Limitando-me então à parte prática: consultei o mapa, e tenho a impressão de que é mais fácil chegar lá, entrando por S.Bernardo, e acessando a Av. Pereira Barreto, em direção a Sto. André; o cemitério fica à direita (não longe dali), salvo engano logo após a passagem do limite de municípios. (Eu conheço o cemitério citado, e já fiz esse caminho antes, foi adequado).

Abraços muito tristes,
Marco Aurélio
Conselheiro – CNA

Algumas Mensagens enviadas (editadas):

Pra mim, a perda foi dupla: numa cartada só, perdi um referencial astrológico [Valdenir foi o grande inspirador dos meus estudos de Astrologia, quando eu tinha apenas 13 anos e gostava de ler o que ele escrevia] e perdi um amigo. Para muitos de vocês, Val também era um amigo, e um amigo MESMO.

Estou evidentemente triste, mas fico muito, muito feliz por ter tido a oportunidade de ter um amigo como o Val. Quem estiver em Sampa, aguarde notícias sobre o velório, para que nós possamos nos reunir e prestar uma homenagem não apenas ao grande nome da Astrologia brasileira que se vai, mas também ao grande amigo que ele foi de muitos de nós.

Sei que nosso encontro será triste, mas façamos um esforço para emitir boas vibrações, vibrações de alegria e gratidão por ele.

Na verdade, não perdemos um amigo. Nós tivemos a oportunidade de tê-lo como amigo! Por um espaço de tempo que – pelo menos para mim, felizmente – foi bem longo. Poderia ter sido mais longo…

Alexey Dodsworth
Diretor Técnico da CNA

Que choque! Que lição de vida e de astrologia! […] Pêsames para a família e comunidade astrológica, Agora, ele é uma estrela fixa, também.

Fernando / Nando Boston

Que tristeza, estou tão chocada que nem sei o que dizer ou fazer! Só chorar e lamentar essa perda, confiando que Deus sabe o que faz.

Estávamos tão contentes com a nova tarefa dele na CNA…e esperávamos por ele aqui em agosto…

Gicele Alakija

Estou muito, muito triste, mesmo. Ainda ontem eu solicitei segui-lo no Twitter e pensei comigo mesma, como ele encontrava tempo para ser tão atuante e antenado nas novas midias.

Suas colocações sempre tão sensatas e altamente inteligentes vão nos fazer muita falta. Muita mesmo.

Val, obrigada pelas lições inesquecíveis e cheias de bom humor.

Que voce nos acompanhe com sua luz inextinguível, pois você agora também é parte do nosso céu.

Divani Mogames Terçarolli

Nossa, muito triste.

Um mestre que se vai.

Dificil até de escrever algo, e dificil ainda mais é associar tristeza com a alegria do Valdenir.

Guilherme Salviano

Meus sentimentos extensivos a todos os seus e familiares de Valdenir Benedetti.

Sua obra estará imortalizada no legado que deixou a todos nós.

Que ele seja eternizado na forma de constelação…

Andréa Maluf

Valdenir era meu professor. Na 4 feira passada tinhamos uma aula marcada. Ele cancelou dizendo estar muito cansado e com a pressão alta. Falei com ele no dia seguinte, e ele disse estar se sentindo melhor. Marcamos para esta 3 feira. Perdi um mestre. Estou chocada com a noticia, e tristissima. Valdenir era uma cabeça que sabia pensar por si, tinha um conhecimento quase inesgotável, e o mais maravilhoso nele é que estava sempre disposto a partilhar. Foi um professor que sabia estimular, insentivar e instigar seus alunos. Nossa comunidade sofre hoje uma das suas maiores perdas.

May Publio Dias

Caros companheiros,

estou chocada e muuuuuuuuito triste!!!

Por favor, quem souber de algo, avise-nos.

Como ficaremos sem alguém tão amoroso, lúcido, justo e generoso, que fez travessia tão especial na nossa Astrologia?

Ciça Bueno

[…] Estou muito triste, para mim foi um choque.

Eu lembro que ele me comentou no episódio da morte do Michael

“Eu estou triste, até chorei. {…} MJ foi importante”

Você também foi importante, Val.

Vai deixar saudades, e legado.

Será que tem internet aí onde você está, para você ler esse e-mail?

Giane Portal

Estou chocada e muito triste, que ele descanse em Paz e continue emitindo sua Luz onde estiver.

Titi Vidal

Ficamos muito tristes com a noticia desta subita partida de nosso amado colega Valdenir. No entanto, creio que esta seja a melhor maneira de partir. Agora ele estará integrado novamente com o Todo fazendo parte das estrelas. Meus pesames para a familia.

Graziella Marraccini

Nossa,fiquei chocada! Não porque a morte me cause espanto, mas por ter ido assim,tão de repente!

O Val me fez ver astrologia de outra forma.

Eu corria às bancas para comprar tudo q ele escrevia na Ed. Três…na revista Planeta, no especial Astrologia Hoje e na coleção de André Barboult. Foi meu mestre,aprendi muito com ele, embora o tenha conhecido só muito depois…

Sou muito agradecida por te-lo como amigo, professor e me será sempre uma pessoa muito querida.

Um capricorniano de fibra!

Muita luz e amor pra vc, Val!

Júnia Caetano

Val, querido

Lembro-me de quantas vezes você contou a história de uma nossa amiga astróloga que se foi repentinamente num acidente de automóvel na Dutra. Você contava: “eu estive com ela e ela estava linda e feliz, no dia seguinte foi visitar uns parentes na sua cidade e na volta sofreu um acidente e morreu. Eu fui ao velório dela e vendo-a senti um arrepio muito forte e como uma voz que me disse: poderia ter sido você, a vida é frágil efêmera e transitória. Daí pensei nas tantas coisas que fazia pensando que a vida era algo que não se acaba. Naquele dia, mudei minha maneira de viver e vivi cada momento como se fosse o último da minha vida”.

Assim você viveu, Val, como se cada momento fosse o último e nos deu o seu melhor.

E nós, que agora te perdemos fisicamente, e tanta falta sentiremos de você, estamos muito tristes por não ter mais esse mestre que nos ensinou e ensinava a cada momento a ver a vida de uma forma completamente diferente do que recebemos formatado de nossos pais, família, escola, estado e instituições.

Você estava sempre atento às armadilhas e prisões que nos impúnhamos por condicionamentos externos, coisas que não faziam parte da nossa essência mas que fazíamos em prejuízo da nossa felicidade e liberdade.

Val, você foi e será sempre a pessoa que mais me ajudou nos momentos mais importantes da minha vida. Vai ser muito triste para mim, não tê-lo mais “à mão” para rir e para chorar, mas principalmente para me aconselhar e me dar os puxões de orelha que você com tanto amor me dava e tanto me fazia crescer e ser quem sou hoje. O que mais admirava em você é que você vivia cada palavra que falava. Não conheci ninguém mais íntegro.

Val, que falta você vai me fazer…! Agradeço ao Universo por ter um dia me dado você de presente e peço a esta mesma força que o acolha e te trate tão bem quanto você me tratou.

Um grande beijo

Rose Villanova

Sobre o Autor

CNA (Central Nacional de Astrologia)
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