Astrologia e Yoga
A filosofia oriental nos ensina que a nossa saúde depende da harmonia que encontramos através da expansão da consciência, ou seja, da compreensão profunda de que os pensamentos geram o nosso destino. Tanto a Astrologia como o Yoga buscam esclarecer o ser humano a respeito de como o autoconhecimento pode libertá-lo de vários sofrimentos, ampliar a sua compreensão da vida e buscar um significado maior para a sua existência.
Cada um dentro de sua especialidade tem como ferramentas os doze signos do Zodíaco, as Casas astrológicas, os aspectos e uma série de dados para levantar um mapa astral e com ele obter um perfil dos nossos clientes, e assim tentamos desvendar a natureza humana, os padrões de comportamento, os traumas, os talentos, as fragilidades e os potenciais a serem desenvolvidos, além da saúde: temos as características físicas, psíquicas e espirituais. A partir daí podemos detectar algumas fragilidades ou obstáculos que dificultam o desenvolvimento das potencialidades de cada um.
Temos mapas com excessos de quadraturas, com planetas tensionados, ou mesmo isolados, signos interceptados, ou épocas de trânsitos tensos, ou mesmo com falta dos aspectos tensos que são os que movimentam as nossas vidas.
Tendo clareza de como é o funcionamento de cada pessoa, através do Yoga podemos determinar práticas apropriadas para possibilitar um maior equilíbrio energético, tanto físico como emocional e mental. Podem ser utilizadas práticas físicas (ásanas), energéticas (visualizações), pranayamas (técnicas de respiração), concentração e várias técnicas de meditação como auxílio para aprimorar os aspectos benéficos, atenuar os aspectos tensos e até desenvolver características que estão debilitadas.
Partindo para uma linguagem astrológica, podemos verificar as necessidades de cada mapa, como por exemplo, uma falta de algum elemento no mapa:
– Falta de fogo: pode ser compensada com posturas que geram força e energia no corpo, além de práticas respiratórias energizantes ou mesmo a concentração sobre temas ígneos.
– Falta de terra: pode ser compensada através de posturas que têm a finalidade de trazer cada vez mais a pessoa à consciência de seu próprio corpo, dos limites e das sensações que nele residem, práticas que nos tornam mais determinados e estáveis.
– Falta de ar: minimizada através de movimentos leves e contínuos, com práticas respiratórias que aumentam a oxigenação e a consciência respiratória.
– Falta de água: práticas que diminuem a fixidez e tornam o indivíduo mais fluido, flexível e com capacidade de aceitação e assimilação.
São inúmeras as possibilidades de se adaptar uma prática à necessidade de cada pessoa, pois o yoga não é apenas um aglomerado de posturas físicas, mas uma união de práticas físicas, respiratórias, de concentração e de meditação que se adaptam a qualquer perfil, desde aos nativos de signos mais pacatos até mesmo àqueles que não conseguem se manter quietos por mais de um segundo.
Cada postura física tem em si a meta do desenvolvimento mental e emocional, fortalecendo a musculatura e determinados órgãos: existem posturas que são utilizadas para desenvolver a capacidade de decisão (Libra), a persistência (arianos), a flexibilidade mental e emocional (Capricórnio), a agilidade (Touro), a capacidade de aceitação (Virgem), e assim por diante.
Nas técnicas respiratórias (pranayamas), partimos da idéia de que o elemento ar está relacionado com os nossos pensamentos e com a nossa capacidade de estabelecer relações (Gêmeos, Libra e Aquário), e então podemos energizar, liberar excessos de ar (pensamentos), aprofundar os nossos pensamentos e obter uma energia mental mais purificada e focalizada.
Nas concentrações podemos utilizar imagens ou elementos relacionados a cada signo, fortalecendo a própria essência de cada um, como tentar se concentrar na imagem do Sol, ou em algum planeta ou signo do qual desejamos obter as melhores características; ou mesmo práticas mais simples, para aprender a direcionar a nossa energia, que também pode ser chamada de intenção, para uma direção mais adequada, evitando que os obstáculos a serem enfrentados (quadraturas, trânsitos de Saturno,…) se tornem maiores do que realmente o são.
Quando relaxamos e nos voltamos para nós mesmos em meditação, penetramos no domínio humano que é chamado de inconsciente, no qual habitam os símbolos arquetípicos, bem como as imagens dos signos do Zodíaco. É aqui que surgem todas as metáforas religiosas, as reflexões sobre Deus e os processos de identificação com o Uno. Também aqui, a consciência desperta para novas dimensões, permitindo que se penetre no mais profundo significado das qualidades dos signos, que é o que o astrólogo normalmente faz, a meditação no mapa astral, na energia materializada de uma pessoa no momento de nascimento.
A força vital que mantém toda a manifestação de existência é a energia. O homem tem a capacidade de reagir às energias através dos aspectos astrológicos e organizar essa mesma energia através da meditação. Pensamentos ou imagens claramente orientados durante a meditação são meios de tocar aqueles aspectos importantes das forças vitais que chamamos de Luz, Amor e Vida. Ao interpretarmos essas forças corretamente com os nossos pensamentos, resgatamo-las do mundo das idéias, orientamo-las para uma atividade espiritual, e temos assim um efeito de transformação sobre as formas de vida, sobre os aspectos tensos e os padrões de comportamento que bloqueiam nosso progresso.
A energia (Marte) segue o nosso pensamento original (Sol), o pensamento gera emoções (Vênus), que geram palavras (Mercúrio), que geram comportamentos (Saturno), que causam conseqüências, boas ou más (trânsitos) para a pessoa e para os outros. Em seguida somos atingidos pelo retorno físico e moral do pensamento que gerou emoções, palavras, ações e conseqüências. Quando os pensamentos estão confusos (energia desorientada), nada se constrói e as emoções e ações são sempre desastrosas. É como um carro desgovernado.
Quando pensamos, movemos forças do ambiente, do corpo e até dos astros. Se essas forças são boas ou ruins, depende da qualidade dos pensamentos emanados. Qualquer fato pode ser antecipadamente modificado se houver mudança profunda e radical no coração, nos pensamentos, nas palavras e nos atos.
Para buscar a felicidade é importante conhecermos a nós próprios e admitirmos que somos totalmente responsáveis por tudo o que nos acontece (olha o Saturno aí). Tudo aquilo que envolve pessoas e fatos, representa, rigorosamente, a extensão de nosso modo de viver.
Nosso corpo é uma antena de comunicação entre o subconsciente e o consciente. Portanto, lute e procure alegrar-se com pensamentos que não sejam negativos. Seja criativo, imagine situações engraçadas sobre si mesmo e não leve a vida tão a sério. Procure rir mais, pois o ato de rir espontaneamente faz com que o organismo libere no cérebro o hormônio beta-endorfina, que elimina os hormônios do estresse (catecolaminas), tornando o raciocínio mais claro e facilitando o controle emocional.
Einstein ensinava: “Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis e verdades elementares do Universo. O único caminho é o da intuição”.